mitologia nordica

OS VIKINGS

Os Vikings são vistos
freqüentemente como violentos e sedentos de sangue dado que seus ataques
semeavam muito terror em suas vítimas. Tinham leis fortes, que davam muitos
direitos as mulheres e estabeleceram o primeiro parlamento em Thingvellir na
Islândia. O Althing, o parlamento viking, se reuniu pela primeira vez em
Thingvellir em 930 d.C. Foi uma reunião de todos os homens livres ao ar livre, e
se reuniam a cada duas semanas ao longo do verão para fazer leis e resolver
disputas.
Essa região majestosa se
estende a ambos lados da costa do Atlântico médio, onde as superfícies
continentais norte-americanas e européias se separam uma da outra.
GUERRA E PAZ
Na mitologia viking, os
deuses se dividem entre aqueles que são essencialmente deuses da fertilidade e
paz e aqueles que são basicamente deuses de guerra. Se acredita que os Vanir, os
deuses da fertilidade, eram adorados primeiro e que o surgimento dos deuses da
guerra, os Aesir, chegaram muito depois.
Um mito conta acerca da
guerra entre os Vanir e os Aesir. Terminou com uma trégua, porém os ganhadores
foram claramente os Aesir, que logo se reuniram com os deuses chefe Vanir. Esses
eram Njord, um deus do mar, seu filho Freyr e sua filha Freya, os deuses da paz,
plenitude e fertilidade.
Odin, o pai de Todos, era
o rei dos Aesir. Depois de criar a humanidade, Odin se casou com Frigga e seus
filhos foram os Aesir, que incluía a Thor, Tyr, Heimdal, e Balder, o Belo.

FONTES DA MITOLOGIA

As fontes da mitologia
nórdica são especialmente as Eddas: a Edda Maior e a Edda Menor.
EDDA MAIOR

A Edda Maior, é a fonte
mais antiga de poemas  e está dividida em: Edda em verso  (em
norueguês antigo) ou poética (Edda de

Saemund
) e a Edda em prosa (em
islândes) de Snorri Sturluson.
EDDA POÉTICA OU DE SNORRI
STURLUSON
O idioma é o islandês e
data do ano 1250 ou um pouco antes. É um manual de poesia e consta de três
partes:
1. Gylfaginning: é uma
descrição do mito da criação do mundo, dos deuses e de suas vidas. A idéia era
proporcionar aos escaldos a base para sua poesia.
2. Skáldskaparmál: se
refere à apresentação sistemática da linguagem dos escaldos. Aqui temos citações
de poemas de escaldos denominados e anônimos.
3. Hattal: significa
registro de metros. Se trata de um poema de 102 estófres. Cada um deles têm sua
própria personalidade ou peculiaridade métrica ou lingüística. É a forma em que
se mostra as regras da linguagem poética.

Edda
Poética
(Em espanhol)

EDDA EM VERSO OU EDDA DE
SAEMUND
A Edda Poética ou em
Verso
é a mais antiga das duas Eddas e por essa razão algumas vezes é
chamada de Edda Velha ou Edda Antiga.
A Edda em verso é composta por um total de 38 poemas de caráter
mitológico e heróico, 29 dos quais estão recolhidos no famoso "Codex Regius", o
mais importante manuscrito éddico. Esse código foi descoberto na Islândia em
1643 pelo bispo Brynjólf Sveinsson. Não tinha título, porém pela temática sobre
a qual versava, Sveinsson assumiu que se tratava das fontes nas que Snorri
embasou sua obra, dando-lhe o nome de Edda. Inclusive, aventurou quem poderia
ser o autor de tais poemas, ao menos de sua recopilação, assinalando ao
sacerdote Saemund (1056-1133), e mandou realizar uma cópia dos poemas a que
chamou "Edda Saemundi multiscii" (Edda de Saemund, o Sábio), conhecendo-se desde
então com caráter geral como edda ao tipo de poemas recolhidos no Codex Regius.
Sobre a origem, data e autor de cada um desses poemas não há nada certo, dado as
suas múltiplas interpretações.
A Edda em verso contêm
não só poemas referentes aos deuses, mas também à grandes heróis vikings, são as
famosas "Sagas", sendo as mais populares a de Egil Skalagrimson e a do Erik o
Vermelho, cujos filhos chegaram as costas americanas muito antes de Colombo.
Os
poemas mitológicos:




Völuspá - A Profecía da Vidente.
É onde o mito nórdico da
criação é contado. Odhinn ressucita uma völva (vidente) e esta lhe conta sobre o
início e o fim do mundo.


Hávamál - O Discurso do
Altísimo (com o poema das Runas).
Conselhos sobre a vida
cotidiana.


Vafþrúdnismál - Discurso de Vafthrúdnir.

Odin tem uma
disputa de sabedoria com um gigante.


Grímnismál - O Discurso de Grímnir.
Uma disputa de Frigg e
Odin, cada um favorecendo um afilhado seu.


Skirnismál - Viagem ou
Discurso de Skírnir.

Freyr se apaixona pela giganta Gerd e manda seu servo Skirnir ir
pedir sua mão.


Hárbarzljóð - A Fala de Hárbard.

Thor e Odin competem num duelo de palavras.

Hýmiskviða - A Fala de Hymir.
Thor e Tyr tentam
conseguir o caldeirão de Aesir
para que ele fermente cerveja na festa dos Deuses.


Lokasenna - Os Sarcarmos de Loki.
Loki invade a festa dos
Deuses no salão de Aesir e causa muita confusão.


þrymskviða - A Fala de Thrym.
Thrym rouba o martelo de
Thor e este se disfarça de mulher para recuperá-lo.


Alvíssmál - O Discurso de Alvís.
O anão Alvis discute com
Thor pela mão de sua filha, Thrud.


Baldrs draumar - Os Sonhos
de Balder.

Mais uma vez Odin ressucita uma völva para saber o futuro.


Rigsþula - Canção de Rig.

Rig vai a Midgard e dá origem as classes
sociais.


Hyndluljóð - Canto de Hyndla.

Freyja ensina um afilhado seu sobre seus
ancestrais.


Völuspá hin skamma - A Profecía curta
da Vidente.

Uma versão menor da Voluspa.

Svipdagsmál: Grögaldr, Fjölsvinnsmál - Discurso de Svipdag:
Feitiço
de Gróa, Discurso de Fjölsvid
Os textos heróicos podem
agrupar-se pelo herói principal que neles aparece; assim teremos um primeiro
grupo dedicado a Helgi Hundingsbai e Helgi

 Hjörvarðsson, seguidos pelos
de Sigurður Fáfnisbani, a continuação
dos Atli e os
filhos do Rey Gjúki
e, finalmente, os poemas sobre Jörmunrekur, Rei
dos Godos.


EDDA MENOR
A Edda Menor se chama
também a Edda de Snorre Sturluson

(1179-1241).

É um manual de poesia e consta de três partes: Gylfaginning, Skáldskaparmál e
Hattal.
1. Gylfaginning: é uma
descrição da mitologia, ou seja, o mito da criação do mundo, dos deuses e de
suas vidas. A idéia era proporcionar aos escaldos a base para sua poesia.
2. Skáldskaparmál: se
refere, neste caso, à apresentação sistemática da linguagem dos escaldos
denominados e anônimos.
3. Hattal: significa
registro de metros. Se trata de um poema de 102 estrofes. Cada uma delas têm sua
própria personalidade ou pecularidade métrica ou lingüística. É a forma que se
mostra as regras da linguagem poética.

O MITO DA CRIAÇÃO

O Frio e o Calor são o
princípio de tudo. O frio era Nilfheim, um mundo de escuridão, frio e nevoa. O
caso oposto é o cálido, o calor chamado Muspell, o mundo do eterno calor.
Ginnungagup existia entre
entre estes dois mundos, ou seja, aqui havia um grande vazio que ele preenchia.
Em Ginnungagup surgiu a vida ao encontrarem-se o céu de Niflheim e o fogo de
Muspell.
Entre o frio e o calor,
dessa união, nasceram primeiro o ogro Ymir ou

Aurgelmir,

e mais tarde a vaca gigante Audumbla. Ymir se alimentou do
leite de Audumbla, e de seu suor nasceu um casal de gigantes, e de seus pés um
filho. Essa foi a origem do embrião deles chamados yotes. Audumbla pode viver
lambendo
o gelo salgado, mas fazendo isto,
ela da forma para outro ser primal, Búre, que gera um
filho, Bor. Bor se casa com Bestla, a filha do gigante Bolþorn.
Dessa união nasceram três deuses: Odin, Vile e Ve. Mais tarde, os três irmãos
mataram Ymir, e de seu corpo criaram a terra, de seu sangue o mar, de seus ossos
as montanhas, de seu crânio o céu (
com um anão em cada canto, como se
estivessem segurando-o), seus cabelos as árvores, de seu
cérebro as nuvens.
Fagulhas de Muspell formaram
as estrelas e os corpos celestiais, e os deuses ordenaram seus movimentos,
determinando as divisões do tempo. A terra foi circundada por um vasto oceano.
 Esse novo mundo foi
chamado de Midgard,
uma residência para a humanidade, fortificada por uma
cerca feita pelas sobrancelhas de Ymir, e eles deram as terras no litoral para
os gigantes se estabelecerem. Criaram no centro de Midgard,
para que os homens não se sentissem só, o mundo dos asas, Asgard, em cujo centro
crescia um grande freixo chamado Yggdrasil. A morte de Yggdrasil podia
significar a destruição total do mundo, porque esta era a árvore da vida.

Yggdrasil é habitada por vários animais. Em
sua copa vive uma águia que tem um falcão pousado entre os seus olhos. Sob seus
galhos, cabritos e veados comem dos seus brotos. A raiz que mergulha em Niflheim
é roída pelo dragão Nidhogg. Ao longo desta raiz, o esquilo Ratatosk corre para
cima e para baixo, levando insultos do dragão Nidhogg para a águia que vive no
topo. A razão dos insultos é porque quando o dragão que vive a roer a raiz
começa a prejudicar Yggdrasil, a águia voa até ele e ataca-o ferozmente;
enquanto Nidhogg fica a lamber as feridas para sará-las, Yggdrasill se recupera
e o ciclo recomeça.

OS DEUSES E HERÓIS

AEGIR
Deus ferro do mar, era
esse Aegir, que tinha dedos como garras. Sua esposa se chamava Ran e tinha nove
filhas, as donzelas que se pensava mover as ondas. Esse Aegir, as vezes,
destroçava os barcos que navegavam na superfície do mar. Em algumas ocasiões ele
e sua esposa usavam redes para capturar os marinheiros e levá-los ao reino
submarino. Os marinheiros sempre traziam em seus bolsos, enquanto trabalhavam,
muitas moedas. Os capitães lhes diziam que poderiam dar essas moedas, se fossem
capturados.
Aegir era representado
como um deus poderoso, freqüentemente agarrando uma laça. Os piratas de Saxão
ofereciam como sacrifício a cada décimo prisioneiro, assegurando assim uma
viagem segura através do mar de Aegir. Há uma estreita relação mitológica entre
este deus e o deus grego Poseidon.
Aegir reside em Asgória,
no fundo do oceano, no mar aberto, onde a navegação e a pesca são difíceis e
cheias de perigo, por isso seu culto é muito praticado por tripulantes de barcos
pesqueiros ou mercantis.
BALDER
Era filho de Odin e
Frigga. Balder era o deus da beleza, da luz e da verdade. O palácio Breidablik era sua
morada. A casa tinha um teto de ouro e umas colunas de prata maciça. Nada falso
podia atravessar suas portas. Porém Balder vai morrer jovem, segundo se descobre
mediante um sonho. Então Odin pede a sua esposa, Frigga, a Deusa do Matrimônio e
da Natureza Selvagem, a mãe de Balder, que faça jurar a todos os seres vivos, a
todas as forças e todas as coisas do universo, que se abstenham de causar-lhe
dano.
Os outros deuses se
divertiam com uma brincadeira, em que todos podiam lançar o que quisessem contra
ele, pois sabiam que Balder era invencível. No entanto, Frigga havia deixado sem
juramento um pequeno broto de visco.
Então, Loki, que invejava a beleza e juventude de Balder, portador
deste conhecimento, disfarçado de mulher, encontrou um
pouco de visco e fabricou um jogo de dardos com ele. Foi então até uma reunião
dos Deuses e convencer Holdur, um deus cego (irmão de Balder) a arremessá-los contra Balder, que morreu. Todos os Deuses e Frigga choraram a sua perda. Sua mãe tentou negociar
com Hel, a Rainha do Mundo dos Mortos, para trazer seu filho de volta.
Mas ela só aceitaria devolvê-lo se todo o universo chorasse por ele e assim o
fez todo o universo, salvo uma velha bruxa chamada Thokk. Essa bruxa era na
realidade Loki disfarçado.
O culto à Balder possui
duas facetas. Uma ensina que os deuses merecerem gratidão e veneração, pois são
eles que nos presenteiam com a inspiração artística. A outra faceta ensina que
de toda a tragédia brota uma renovação, nasce uma nova oportunidade e uma nova
esperança para o futuro. Se centra na renovação e no renascimento e faz recordar
aos mortais que inclusive o belo e amado Balder teve que sofrer, mesmo sendo um
deus, quando os ciclos trocaram. Todos os adoradores de Balder ensinam a aceitar
o destino, porém em seu caso, tentam aceitá-lo com um sorriso ou uma gargalhada.

EGILL SKALLA — GRIMSSON


O mais famoso mago rúnico da era viking. Além de possuir dotes mágicos, foi
um guerreiro de tremenda força física. Seus feitos lendários foram reunidos
na Egils Saga.
EIRA


Deusa que transmite a habilidade da medicina para todas as mulheres.
FENRISULVEN
Chegou a Asgard sendo um
cachorro, que acabou ficando muito grande e só os deuses Thor, Tyr se atreviam a
dar-lhe de comer. Um oráculo havia predito que ele e sua família seriam os
responsáveis pela destruição do mundo. Por esse motivo, os deuses quiseram
prender-lhe, por duas vezes, usando grossas correntes com dois cadeados, porém
sua força os rompeu. A primeira corrente era de ferro e ficou conhecida pelo
nome de
Loeðingr. A
segunda, também do mesmo material, entretanto bem mais resistente, chamou-se
Drómi.
Os deuses foram então à
procura dos anões ferreiros, para forjarem uma corrente feita com seis coisas:
os sonhos de um urso, as pisadas de um gato,as raízes da montanha, a respiração
de um peixe, a barba de uma virgem e a saliva de um pássaro. A tal corrente
chamou-se Gleipner e mais se parecia com um fio de seda. Mas o Fenrisulven só
deixou-se atar se algum dos deuses se atrevesse a colocar o braço em sua boca.
Foi Tyr, o único deus que se ofereceu para o trabalho, a custa de perder o
braço. O lobo caiu atado pelo Gleipner e permanecerá desse modo até o dia de
Ragnerok (fim do mundo).
FORSETI
É o Deus da justiça, o
Pacificador que possui um palácio no céu chamado Glitnir. Ele é o filho de
Balder e Nanna que jamais disse uma mentira. Os deuses recorrem a ele para a
solução de disputas, já que é imparcial.
O culto de Forseti crê
que a ética e a moralidade emanam dos legisladores e governantes. A verdadeira
justiça só pode provir. Seus adoradores ensinam o valor dos juízes e mediadores
na sociedade, e buscam o mesmo sentido de justiça imparcial através dos
ensinamentos de Forseti.
FREYR
Freyr era associado com o
Sol, de acordo com a mitologia nórdica. Ele era o deus da paz e da fertilidade.
Seus pais eram o deus do mar, Njord, e a gigante Skadi. Se apaixonou pela
gigante Gerd, durante uma viagem ao mundo inferior. E, para conseguir que se
casasse com ele, mandou seu fiel servo Sklirnir, para que convencesse a Gerd.
Também lhe deu uma espada mágica para utilizá-la, porém fracassou em sua missão.
Não teve outro remédio que usar a espada mágica e amenizá-la. Gerd aceitou
encontrar-se com Freyr em um bosque para converter-se em sua esposa. Essa viagem
que realiza Skinir ao mundo inferior é simbólica aos meses de inverno das terras
nórdicas, onde há longos períodos de escuridão.
GELJUN
Deusa virgem do mar.
 
GNA


A divina e veloz mensageira.
HEIMDALL
Filho de Odin, tinha oito
irmãs como mãe, que o alimentaram com a força da terra, a umidade do amor e o
calor do sol, uma dieta muito eficaz, que Heimdall adquiriu um crescimento
completo em um curto espaço de tempo.
Foi nomeado pelos deuses
como guardião de Bifrost, ponte de arco-íris, que vai de Midgard (terra dos
homens) à Asgard(terra dos deuses) se encarregava de cuidá-lo. Os deuses o
haviam dotado de uma visão extraordinária e de um ouvido muito sensível. Graças
a seu ouvido e sua visão, anunciará o começo de Ragnerok fazendo soar sua
trombeta Glallarhorn que se ouvirá em todo o mundo.
O palácio de Heimdall,
chamado Himinbjorg, estava situado no ponto mais alto da ponte, e ali lhe
visitavam os deuses para beber do delicioso hidromel com ele.
Heimdall sempre era
representado com uma resplandecente armadura branca, pela qual era conhecido
como o deus Brilhante ou da Luz. Também era chamado de deus delicado, inocente e
indulgente, nomes que merecia, pois era tão bondoso como belo e todos os deuses
o amavam. Era lhe atribuído um conhecimento muito extenso e o imaginavam
especialmente sábio.

HLIN


A Deusa que assegurava o consolo à dor dos mortais.
HOENIR
Deus da Profecia.
HOLDA


Deusa das bruxas, senhora da noite, da Lua e da feitiçaria, é representada
sempre acompanhada de seu séquito de bruxas e pássaros noturnos.
HOLDUR
Deus cego, irmão de
Balder que foi enganado por Loki e acabou matando o irmão.
 JÖRD/NERTHUS
/ EARTHA
Ela é a Mãe Terra. Essa
Deusa é a mais antiga dos povos germânicos. Os antigos lhe rendiam homenagem
fazendo uma procissão com um carro na Idade da Pedra.
LOFN


A padroeira do amor.
LOKI
Loki era um yote, um deus da mentira e do caos, um espírito malvado, provocador
de tumultos e ladrão. Chegou a Asgrad porque se fez irmão de sangue com Odin.
Loki podia adquirir a
forma de qualquer animal. A morte de Balder fui sua responsabilidade, enquanto
também, muitas vezes, aos deuses à sair de situações difíceis. Em relação a
morte de Balder, foi castigado pelos deuses, que o colocaram atado à umas rochas
com as tripas de um de seus filhos, e sobre a cabeça colocaram uma serpente
venenosa. Sigyn, sua mulher, recolhia as gotas do veneno que caíam continuamente
sobre o seu rosto. Porém, cada vez que esvaziava o copo, lhe caíam algumas gotas
e isso lhe produzia fortes dores de cabeça. A terra tremia cada vez que se
retorcia de dor.
Segundo uma das histórias
da mitologia nórdica, quando resolveram construir um muro em torno de Asgard, um
gigante se ofereceu para levantá-lo com a condição de que lhe dessem a Deusa
Freya, além do Sol e da Lua. Com acordo, ele construiria o muro em 6 meses e os
deuses aceitaram, tal como havia lhes aconselhado Loki. O gigante impôs ainda
mais um condição: que lhe deixassem utilizar seu cavalo Svadilfare.
O gigante começou a
trabalhar e, a ponto de cumprir-se o lapso de seis meses, e com o muro quase
terminado, os deuses começaram a se preocupar. Não queriam perder a Freya, nem o
Sol e a Lua. Então recorreram de novo a Loki e lhe exigiram que buscasse uma
solução. Loki se converteu então em uma enorme égua que distraiu o cavalo
Svadilfare, sem o qual o gigante fui incapaz de cumprir o prazo. Isso propiciou
que Loki dera à luz a um cavalo com oito patas que presenteou a Odin: o chamou
de Sleipner.
Com a gigante Angerbode
teve três monstros, os mais terríveis do universo: Hel, a rainha do inferno;
Midgarsormen, a serpente Midgard, e Fenrisulver, o lobo Fenrir.
Loki simboliza a fraude,
a mentira, o pecado, a astúcia e a malícia. Representa o mal em sua aparência
mais sedutora e bela. Participa da criação do homem, dando-lhes os sentidos, os
desejos ruins, as paixões, etc. É destruidor e perigoso, porém também é
necessário como o fogo, sobretudo para os povos nórdicos que deviam lutar contra
os gigantes do gelo.
SIGMUND ou SIGURD


Herói escandinavo, foi o único que conseguiu retirar a espada de Odin, cravada
numa árvore, e com ela obteve inúmeras vitórias em várias batalhas. Caçador
de dragões é representado, na tradição cristã, por São Jorge.
MAGNI


Filho de Thor com a giganta Jarnsaxa. Diz-se que ele e seu
irmão Modi herdarão o Mjollnir, o martelo de Thor, no renascimento do mundo após
o Ragnarok.

MIDGARDSORMEN
É uma serpente que vive
no mar que rodeia a terra. Midgardormen se criou em Asgard, do mesmo modo que
seu irmão Fenrisulven. Thor a tirou do mar para afogá-la, quando se tornou
demasiadamente grande. Não podia matá-la em terra, porque se derramaria seu
veneno e salpicaria tudo à sua volta. Havia uma previsão, segundo conta a
mitologia, que lutaria com Thor quando chegasse o Ragnerok e se matariam
mutuamente.


 
MIMIR


Deus sábio enviado pelos Aesir aos Vanir para estabelecer
uma trégua entre eles e que é morto pelos Vanir. Odin preserva a sua cabeça e
coloca-a junto à fonte na base da raiz de Yggdrasill que mergulha em Jotunheim.
A fonte fica conhecida como Fonte de Mimir de cujas águas Odin bebe para
adquirir sabedoria. Como pagamento, ele dá um dos seus próprios olhos.
NJORD
Deus do mar e dos ventos.
É uma deidade Vanir, pai de Frey e Freya. Vive em Noatum e possui poder sobre os
ventos acalmando o mar embravecido e é muito rico. É ele que deve ser venerado
quando se busca enriquecer ou obter abundância na pesca. Casou com Skadi quando
essa foi até os deuses exigindo uma reparação pela morte de seu pai. Depois de
algum tempo se divorciaram, pois conforme um acordo ambos deveriam alterar seus
residências. Njord não suportou viver nas montanhas e na neve, lar de sua esposa
e, esta, não conseguia dormir com o ruído das ondas e os gritos das gaivotas da
residência do marido. Segundo o mito, suas constantes trocas de residências
deram lugar as estações do ano.
Njord é o protetor dos
viajantes, navegantes, das riquezas do mar e do comércio. Ele é o Deus dos novos
começos e da transmigração das almas. Seus devotos, quando faleciam. eram
incinerados no mat em um barco em chamas.
ODIN
Era o deus supremo, pai
de todos os homens e de muitos deuses. Se tratava de um sábio deus da guerra.
Esse deus ofereceu seu olho de presente, em troca de obter a sabedoria do poço
de Mimer.
Quando se sentava em seu
trono Lidskjavl, via tudo o que se passava no mundo. Hugin e Munin (Pensamento e
Memória) eram os nomes dos corvos que saíam todas as manhãs e regressavam antes
do jantar para contar ao deus Odin tudo que haviam visto e ouvido. Também havia
os lobos, chamados Gere e Frece, encarregados de comer por Odin, já que este se
alimentava só de vinho. Além dos corvos e lobos, havia um cavalo chamado Sleiper
que contava com oito patas e corria mais do que qualquer outro animal ou homem.
Podia correr pelo ar, por terra e pela água. Também era o deus da morte dos
guerreiros, os quais são levados à

Valhala ao morrer. Seus
maiores tesouros eram: sua lança, Gungir (simboliza a força e o vigor), que foi
forjada pelos anões feita de Uru, um metal asgardiano único, e seu anel,
Draupner que simboliza a benção da terra e a propagação da felicidade para os
homens, além de representar a riqueza de espírito, o potencial criador do poeta,
a evolução do pensamento e a maravilhosa cadeia das idéias. Também empunha a
Thrudstock, um cetro em foram de uma pequena maçã igualmente construído em Uru.
Nem a lança nem o cetro têm poder por si só, canalizam a energia de Odin.
As esposas de Odin
se chamavam Jord ou Fjordgyn, Frigga e Rinda. Com a primeira teve seu filho Thor.
Com Frigga, sua favorita, procriou a Balder. Rinda deu à luz a Vali e
sobreviverá ao Ragnerok.
Odin é também uma
espécie de deus-xamã, e todo seu personagem atesta a sobrevivência de um
importante substrato de crenças xamânicas. Adquiriu seus poderes durante uma
iniciação de nove noites. Sabia entrar em catalepsia ou em transe para
transformar-se em um animal e percorrer o mundo, enquanto seu corpo permanecia
sem vida.

SIF
Sif era a esposa de
Thor, na mitologia nórdica, o poderoso deus do trovão. Sif era considerada como
símbolo de fidelidade. Em cerca ocasião, Sif perdeu suas longas tranças loiras
pelas mãos do malvado Loki, que as cortou. Thor não pode conter sua ira e atacou
Loki e ameaçou quebrar todos os seus ossos. Loki chorou e pediu clemência. Então
prometeu à Thor que convenceria os anões para criarem um cabelo de puro ouro,
que cresceria como natural na cabeça de Sif. Por esse motivo, um dos vulcões do
planeta Vênus se chama como a Deusa nórdica Sif.
Sif é a Deusa da
Riqueza, é o ouro da terra e tudo de valioso que nela pode-se encontrar, além
dos dourados trigais e sua conversão em bens. Por tudo isso, também é
considerada a Deusa da Economia e dos Negócios.
SJOFN


Deusa inspiradora das paixões humanas.
SKULD


A virgem.
SNOTRA


A representação da virtude.
SYN


Guarda do palácio de Fensalir.

THOR
É o deus do trovão mais
popular da mitologia nórdica. Possuía um martelo chamado Mjolnir, "O
Destruidor", feito pelos anões em suas cavernas subterrâneas, com o qual
dominava o trovão e regressava magicamente para a mão de Thor quando o
necessitava. Tinha também um cinturão mágico, Megingiord que duplicava sua
força, que já não era pequena.
Conta-se que, enquanto
crescia, Thor tinha a tendência à mostrar freqüentes acessos de ira. Dada a sua
incrível força, foi decidido que iria viver com Vingnir e Hlora, os guardiães do
relâmpago, até que alcançasse a idade em que já pudesse controlar seu
temperamento. Quando isso aconteceu, Thor foi readmitido em Asgard e se sentou
em um dos assentos do Gladsheim. A ele foi outorgado o palácio de Bilskinir, que
era maior que o Valhalla, e continha
540
salas para alojar todas as pessoas humildes após a sua morte, assegurando-lhes a
felicidade eterna, em igualdade para todos, para compensá-los de tudo o que na
Terra tinham padecido.
Thor não era só um deus
dos camponeses e escravos, mas também relacionava-se com as colheitas e com o
clima.
A mitologia nórdica nos
apresenta Thor como um homem alto, musculoso, com cabelo loiro e barba, cujo
maior dom era a inteligência e sua disposição de ajudar seus amigos
desinteressadamente. Sua missão era manter a salvo e em ordem o mundo dos deuses
e dos humanos, combatendo gigantes e a grande serpente do caos, que vivia no
oceano que rodeava a Midgard, na Terra.
Uma lenda conta que, para
vencer a Serpente do Mundo, Thor se disfarçou de um jovem pescador e se uniu ao
gigante Hymir em seu barco. Thor pescou a besta usando como isca a cabeça de um
boi. Pegou sua espada e quis matá-la com um só golpe, porém o temeroso Hymir
cortou a linha e deixou a serpente regressar ao oceano, antes que Thor pudesse
terminar seu trabalho.
Outra história assegura
que o gigante Hrungnir o desafiou á um duelo. O gigante tinha um coração e uma
cabeça de pedra. Thjalfi, o companheiro de Thor, enganou o gigante fazendo-o
parar em cima de seu escudo, para proteger-se de um golpe que viria por baixo.
Thor então aproveitou para atacar por cima e destroçou, com seu martelo, a
cabeça do gigante.
Thor era o único deus que
não era permitido entrar em Asgard passando por Bifrost (a ponte do arco-íris).
Se temia que suas pisadas, que não eram outra coisa senão trovões, poderia
destruir a magnífica ponte. Assim que, quando Thor ia à Gladsheim, tinha que dar
uma grande volta, cruazando os rios Ormt e Kormt e os arroios de Kerlaug.

TYR
Tyr era o deus do céu na
mitologia nórdica. Esse deus sacrificou uma de suas mãos pelo bem dos deuses,
quando enfrentou o lobo Fenrir.
VILI (representa a vontade)


Na mitologia escandinava, um dos deuses primordiais, irmão de Odin e Ve. Os
três eram responsáveis pela criação do cosmos, assim como dos primeiros humanos.
ULL


Na antiga mitologia escandinava, Ull (glória) é o deus da justiça e do julgamento,
assim como o deus patrono da agricultura. Ele é excelente com arcos e flechas,
também com esquis, e vive em Ydalir. Ele é reconhecido como filho de Sif e Thor.
Quando o gigante Skadi divorciou-se de Njord, ela casou-se com Ull. No antigo
nórdico: Ullr.
URD


A mãe do destino.
VAR — VOR — VARA


Na mitologia nórdica, Var é a deusa dos contratos e dos casamentos, uma das
principais deusas. Vor era a deusa que nunca poderia ser carregada, pois era
enorme. Ela ouve os votos e os pactos feitos entre os homens e mulheres (esses
pactos são chamados de varar). Ela se vinga daqueles que quebram esses votos.
Vara garante o cumprimento dos juramentos e do castigo ao perjuro. Outra versão:
Aquele que sabia tudo o que acontecia no Universo.

VJOFN


Tuteladora da paz e a concórdia.
WEALTHEOW


Rainha de Hrothgar, foi a líder ideal, pois era ao mesmo tempo versada nas artes
mágicas, possuía o dom do aconselhamento e sabia organizar seus guerreiros em
batalha. Sua vida heróica foi contada na Beowulf Saga.
YMIR — AURGELMIR


Também chamado Hrim, o gigante do gelo. Na mitologia nórdica, Ymir é um gigante
primordial e o progenitor da raça dos gigantes do gelo. Ele foi criado através
do gelo de Niflheim, quando o gelo entrou em contato com o ar quente de Muspell.
Este gigante do gelo nasceu como de uma nuvem...

DEUSES CELESTES
HNOS
Deusa da Aurora, do Vento
e do Orvalho.
NOTT
Deusa da Noite, filha do
gigante Nörfi.
NAGLFARI
Marido de Nott, Deus da
Escuridão e do Crepúsculo.
AUDR
Deus do Espaço, filho de
Naglfari.
DELLINGR
Segundo pai de Yörd e
marido de Nott.
DAGR
Dia, filho de Dellingr.
MANI
A Lua, varão filho de
Mundilfari
SÓL-SUNNA
Filha de Mundilfari.
VÁR
Deus dos juramentos.
 
Texto pesquisado e desenvolvido por
ROSANE VOLPATTO

0 comentários:

Postar um comentário

 
Copyright© 2009 - godmasterdownload | Desenvolvido por godmasterdownload